quinta-feira, 27 de maio de 2010


Fotografia


Uma fotografia me trouxe lembranças de um passado
que abandonei sem dar nem uma explicação.
Fiquei desnorteado ao ver sua imagem.
Vozes de arrependimento rodeiam minha cabeça.
Gotas ácidas descem sobre a face.
Fico ínfimo ao olhar sua fotografia novamente.
Minha alma se dissolve no remoço do erro cometido.
Como pude ser tão rude com um amor inofensivo?
Iludir alguém que já se decepcionou tantas vezes é imperdoável.
Amor não é algo que se brinque.
Não adianta me arrepender
Sei que não tem volta.
Contentarei-me com sua amizade


(Dedicado a Elayne Cavalcanti)

segunda-feira, 24 de maio de 2010





O TEMPO



Já faz algum TEMPO...
TEMPO, quem o inventou?
Se não fosse inventado será que passaria?
Quem o inventou se perdeu nele mesmo.
O TEMPO não para, passa!
O nosso não teria passado se ele não fosse inventado.
Seria eterno!
Para ser eterno não deve existir TEMPO.
Horas, minutos, segundos e milésimos, pra quê?
Pena que não aproveitei.
Pena que não foi eterno.
Pena que foi pouco TEMPO.

domingo, 23 de maio de 2010





Para que servem as mãos?


Para pedir, chamar, cumprimentar, agradecer, implorar e infelizmente dizer adeus.
Mão que sempre me deixaram tão feliz com as caricias tuas neste corpo meu.
Essas mãos que expressão raiva, fúria, ódio, medo.
Sim medo.
O medo!
Medo que tomou conta de toda expressão do meu corpo:
Dos olhos, da boca, da face, das mãos!
É, sinto por não ser um sonho.
[Realidade, realidade, realidade].
Vi depois de dois anos, no balançar de tuas mãos, a expressão de um adeus.
E agora nas minhas mãos, após dois meses da despedida, encontra-se o ceifar de uma vida.
Conclui: elas servem para o libertar de um medo que se tornou realidade.

(Texto dedicado a Thaís Santos)