Não admire essas palavras. Sou um escritor que utiliza a caneta para fugir da realidade. Tentar criar um outro mundo, meu mundo. Meu mundo que não me pertence. É um balde de lixo(sofrimento). Uso do gênero feminino para fugir da minha própria catarse. Criei para reconstruir o mundo real a cada dia, a cada amor, a cada tragédia. (Rennan Mendes).
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Distante
Seguiu.
Foi para longe a fim de desbravar novos mundos.
Foi deixando para traz a certeza da volta
E um alguém com esperanças no que foi prometido.
A expectativa levava-lhe todas às tardes ao mesmo cais, onde o viu partir.
Tantos fins de tarde...
Tantas lágrimas a misturarem-se as águas do mar...
Permaneceu forte durante muito tempo
Até darem-lhe a notícia de que não o veria novamente.
Não procurou outro alguém.
Morreu de remoço, por falta de companhia.
Por um amor que mostrou ser único.
A saudade pode matar!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O soneto de um suicida
Corda no pescoço.
Pensamento enfurecido.
Sente a dor que roi o osso
De um jovem desiludido.
Ilusões assindéticas do mundo que não foi seu.
Sem amor e quase nada
Derrama a cada lágrima
O ódio de sua jornada.
Bebe o sangue da angústia desgraçada
Sozinho entre quatro paredes
Esperanças extirpadas
Usa um banco de apoio para seu salto profundo
Enche o peito e grita alto
- Adeus maldito mundo!
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
À Tarde
Ao longe, vejo no horizonte, o sol dizendo adeus.
Vagarosamente esfriando e apagando-se no imenso mar.
Sentada na areia tento esquecer meus problemas.
Aqui estou eu, só.
Procurando extirpar minhas lembranças.
Lembranças tristes e felizes.
Tudo que lembre você.
Imploro pra que o vento leve, junto as lágrimas, a dor de um coração partido.
Reflito sobre nós: você não me ama mais.
Sucede a pergunta que amarga meus lábios:
O que será de mim sem você?
Nunca achei que fosse pensar isso.
Triste!
Sei que já tens outro alguém.
Sei que já tens outro alguém.
História sem final feliz.
Não serve para contos de fadas.
Vejo o último raio de sol se apagar.
A brisa passa gelada e leva com ela um pouco da areia da praia...
Levemente vai dançando, girando solta no vento, ao encontro de outro lugar.
Tarde fui ao mar, tentar refletir sobre a vida e ver o tempo passar.
[Dedicado a Aline Moura]
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Decisão
Na vida, tudo tem um propósito.
Não me queixarei, recomeçarei do zero.
Estou indo, chegou minha hora.
Não suportaria esperar mais.
Não irei mais me retrair ao mundo.
Nem limitar meus desejos.
Quero mergulhar numa busca incessante por alguém que não tenha limitações para loucuras.
A vida pode ser curta.
Por isso, não quero ficar aqui, parada, trancafiada em seus desejos.
Para mim, felicidade, infelizmente, não se acha sozinho.
A felicidade, infelizmente, se encontra em outra pessoa.
Não em você.
Serei feliz?
Não sei, mas irei arriscar.
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