segunda-feira, 29 de novembro de 2010



O vento

Quero informar: o problema sou eu.
Sim, sou eu.
Utopias de amor destruídas por não saber como caminhar.
Nada que planejo da certo.
Mas tudo bem...
O que importa é que tenho um amigo que me compreende.
Você me entende tão bem.
Pena ter escolhido amizade.
Escrevo novamente a história e comprovo que sou inapta ao amor.
Sempre fui.
Só não queria acreditar.
Mais um amigo?
Bobagem...
Poderia ser pior.
Não nego que sonhei ou planejei.
Estou em um estado composto por esperanças que somem ao vir do vento.
O bom é que se renovam a cada brisa.
O vento sopra mais uma vez...
Minha utopia se foi. {você}
Espero que pare de soprar um dia.
Fico aqui a esperar.
Adeus!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010



O óbvio
(Ou Te Ver! 2)


Não queria transformar minha angústia em poesia.
Faço por se tornar amarga.
Mais uma expectativa quebrada, desfeita.
Cheguei a amar? Não sei.
Sei que, o que senti, era muito forte.
Como irei agir ao ver-te da próxima vez?
Preciso bolar uma estratégia pra que não notes a diferença.
Pintarei-me de palhaço, afinal, todos são felizes.
É... só que os sentimentos influenciam as aparências.
Foi tão rápido, mas tão intenso.
Intenso pra mim.
Uma tentativa de uma pessoa só.
Estava óbvio de mais.
Fiz-me de cego, não quis enxergar o complexo.
Não quero que cupe-se por não me amar.
Amor agente não escolhe, nem força.
Sofri, sofro e vou continuar sofrendo.
Dizem que é o destino.
E esse é o meu, sozinho.
Seu medo de amar irá te impedir de evoluir,
Machucará outros também. 
Normal.
Não deve se culpar pela dor alheia.
Muito menos a minha.
Seu isolamento não irá causar um desconforto em nossa futura amizade.
Espero que não!
Analiso novas perspectivas que me fazem tomar decisões sobre vidas e amor.
Peço perdão por transformar nossa história em poesias.
Desculpe, a minha.

(Dedicado à Edmara)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010



Psil


Palavras não são nada engaioladas na ausência do ruído de sua presença.
Minha língua trava, reprimida pelos lábios fechados costurados com linha áspera.
O coração aperta. Calafrios próximos ao ventre.
Impossível olhar seu rosto incrédulo...
Sinto-me envergonhada, embora não tenha efetuado falso juízo.
Batimentos disparam rapidamente.
O silêncio endurecido me faz viajar no medo perturbado das possibilidades.
Os pensamentos bons são efêmeros, vão com os sons não produzidos.
Gritos, enfartados de tanta dor, adoçam o temor da perda.
Estou extraviada no imaginário.
Guio meu olhar, mais uma vez, para as coisas boas...
Já não se encontram!
Fujo da ficção.
Silencio o silêncio.
Você está me observando sentado sobre a cama.
Meus olhos encharcados mal conseguem projetar seu rosto.
Sem expectativas de um novo amanhã.
 Não quero sofrer muito. Peço para que não fale.
Jogue no sepulcro o que fomos!
Descansarei na penumbra do silêncio e ressurgirei para outra loucura.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010





Te Ver!


À hora se aproxima.
Minhas mãos começam a suar.
Sinto um formigamento em todo meu corpo.
O ponteiro demorou a chegar ao lugar desejado, mas chegou.
Vou ao seu encontro, ou melhor, a sua procura.
Encontro.
Observo ao longe.
Você está linda, sempre foi.
Fico tenso.
Caminha em minha direção.
O tempo para.
Tudo se mistura.
Estou inerte.
Você se aproxima.
Não quero parecer um babaca, permaneço estático.
Passa por mim como se fosse invisível.
Explodi por dentro uma vontade de gritar meus sentimentos.
Porém, permaneço calado.
Tudo bem!
Estou feliz e seguro.
Será que alguém consegue ser feliz e seguro estando só?
Nego o que assim falei.
Espero um dia poder estar.
Espero que com você.